Coleta seletiva gera fonte alternativa de renda para moradores do litoral

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) já cadastrou 565 agentes ambientais para fazer a coleta seletiva de lixo nos municípios de Matinhos, Pontal do Paraná e Guaratuba. Cada catador coleta em média 180 quilos por dia de material reciclável como plástico, papel, metal, jornal e garrafas Pet. Os próprios catadores são responsáveis pela venda dos resíduos que recolhem e vêm obtendo cerca de R$ 500 de lucro por mês.

A ação faz parte do Projeto ?Nossa Praia é Limpeza? que prioriza o cadastro dos catadores que, comprovadamente, residem no litoral do Paraná. ?A idéia do Programa é auxiliar os coletores no processo de venda do material reciclável, sem submetê-los a um interceptador que compra o material dos catadores por um preço inferior e revende por valor maior?, explicou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida.

O cadastramento é feito por três equipes formadas por 13 estagiários da Universidade Federal do Litoral (UFPR) que abordam os catadores nas ruas e os convidam a participar do projeto. No ato do cadastro as pessoas recebem uma camiseta com o nome do programa na cor laranja que identifica os profissionais. ?A identificação torna mais fácil o acesso dos catadores à população. Além disso, estamos abordando os comerciantes e pedindo que direcionem o material reciclado gerado para os coletores identificados pela camiseta do Programa?, informou o presidente do IAP, Rasca Rodrigues.

Além do cadastramento, os agentes ambientais e a equipe de estudantes distribuem panfletos com os horários dos caminhões que fazem a coleta de lixo domiciliar e ainda entregam sacos de lixo azuis para os veranistas. Desde o final do mês de dezembro já foram distribuídos 100 mil sacos de lixo. ?Estamos tentando incentivar a população flutuante, local e os comerciantes a realizarem a separação do lixo e dispor estes materiais para coleta após a passagem do caminhão que realiza a coleta domiciliar, em torno das16 horas?, comentou Adriana Ferreira, coordenadora do Programa Nossa Praia é Limpeza.

Reuniões semanais são realizadas com os catadores dos três municípios para apresentar as atividades já desenvolvidas pelo projeto e ainda para reforçar a importância do associativismo para melhora das condições de trabalho e comercializações dos materiais.

O IAP auxilia os catadores, divulgando algumas empresas que compram os materiais que podem ser reciclados – como Recicla Sul e Dorneles Comércio de Metais Recicláveis. O quilo do alumínio (equivalente a 75 latinhas), que é o resíduo mais valioso, chega a custar R$ 3,50. Já o quilo de jornal custa em torno de R$ 0,30.

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