Chinaglia diz que não vai mais adiar MP dos aposentados

O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou nesta segunda-feira (13) que vai correr o risco de perder na votação da medida provisória que fixou o índice de reajuste para as aposentadorias acima de um salário mínimo pagas pela Previdência Social, mas não adiará mais a decisão. Ele afirmou que colocará em votação a MP quando houver sessão com quórum alto de votação, em torno de 450 deputados, o que só deve acontecer na próxima semana, já que o feriado do dia 15 de novembro esvaziou o Congresso. "Vou votar para ganhar ou para perder", afirmou Chinaglia.

O líder governista argumentou que há projetos importantes que precisam ser votados e, para isso, é necessário destrancar a pauta com as medidas provisórias. "Temos outros temas de absoluta relevância para o País, como o Fundeb e a lei geral de micro e pequenas empresas", disse.

A votação da MP foi interrompida na terça-feira passada porque o governo não tinha segurança de que derrotaria a oposição na decisão sobre o índice. O governo fixou a proposta em 5,01% de reajuste, mas o PFL apresentou o índice maior de 16,67%. O governo já perdeu nessa votação em junho, quando os deputados e os senadores reajustaram as aposentadorias em 16,67%, o que levou o presidente Lula a vetar o índice.

"Vamos para a cabeça", afirmou o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), demonstrando a disposição de enfrentar a disputa no plenário com a oposição. O petista argumentou que é necessário destrancar a pauta logo para votar outros projetos, como o que cria o Fundeb e permitir que haja tempo suficiente para regulamentar a emenda constitucional ainda neste ano.

A Câmara está realizando sessão, mas não há quórum de, no mínimo 257 deputados para votar. Há sessão de votação marcada para amanhã cedo, mas, por causa do feriado, também não deverá haver quórum.

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