Centro de inteligência para combater crimes ficará no Paraná

Uma delegação do Ministério de Relações Exteriores irá para Foz do Iguaçu no inicio de setembro para inspecionar as instalações do Centro Regional de Inteligência (CRI), que coordenará os trabalhos de segurança nas fronteiras do Brasil, Argentina e Paraguai. O CRI será integrado por policiais e agentes de inteligência dos três países. O CRI utilizará as instalações da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, recém inauguradas e uma das maiores e melhor equipadas do país.

O delegado-chefe da PF em Foz, Alessandro Liberato de Mattos, ressalva que a finalidade do CRI é o de assessorar as forças de seguranças dos três países no combate ao contrabando, tráfico de armas e drogas e na captura de criminosos. O Centro, segundo ele permitirá maior agilidade e eficiência das operações policiais e de inteligência, sobretudo na Tríplice Fronteira (Foz do Iguaçu, Ciudad del Leste e Puerto Iguazú), que concentra as atividades criminosas na região.

Mattos ressalva que a criação do CRI não tem vinculação com as reiteradas denúncias da imprensa e Congresso dos Estados Unidos de que a Tríplice Fronteira abriga células terroristas e é um importante pólo financiador de grupos extremistas árabes. "Não tem nada a ver com terrorismo", enfatiza o delegado. A suspeita sobre essa eventual conexão baseia-se na presença de 12 mil árabes residentes em Foz.

Não há previsão de quando o CRI iniciará suas atividades. A visita da delegação do Itamaraty servirá para que o governo brasileiro determine a estrutura operacional que o trabalho conjunto exigirá. A instalação do CRI, de acordo com o Itamaraty é um compromisso assumido pelo Brasil no âmbito do Grupo 3+1 sobre a Segurança da Tríplice Fronteira, do qual os EUA participam na condição de observadores.

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