Informar sobre a importância da amamentação e da complementação alimentar após os seis meses de vida da criança é a meta da Semana Mundial da Amamentação, que começa, nesta quinta-feira, e vai até o dia 31.
"A cada ano, o Ministério da Saúde vem intensificando a campanha, para que todas as mulheres saibam que o natural mesmo é amamentar e que todas podem, quando estão sadias e quando desejarem", afirmou a coordenadora da Política Nacional de Aleitamento Materno do ministério, Sônia Salviano, em entrevista à TV Nacional.
O leite da mãe, ressaltou a coordenadora, é muito mais saudável para os bebês do que outros produtos industrializados, como leite em pó e suplementos alimentares. "O leite materno é o único alimento que se adapta a cada fase da criança. A cada hora do dia o leite se modifica: o da manhã tem uma composição, ao meio-dia ele é diferente, à tarde e à noite também", explicou.
Sônia Salviano lembrou que "quando surgiram produtos como chupetas e mamadeiras, a partir da década de 40, as mulheres passaram a amamentar cada vez menos". E comentou: "O marketing é forte, disseram para as mulheres que isso é bom, e elas acreditaram".
Também a vaidade é responsável, segundo ela, pela interrupção da amamentação ou mesmo a recursa de algumas mulheres. Um dos mitos mais difundidos é o de que amamentar faz com que os seios fiquem flácidos, mas "os fatores que podem levar a isso são a idade, a força da gravidade, condições hereditárias e a gravidez".
Sônia Salviano explicou ainda que "durante a gravidez os hormônios atuam na glândula mamária, fazendo com que ela aumente ? a amamentação não tem culpa nenhuma nesse processo".