Câmara deve votar lei de Biossegurança até abril, avalia deputado

O deputado Augusto Nardes (PP/RS) avalia que o projeto de lei de Biossegurança deve ser votado, no máximo, até abril para garantir aos agricultores a permissão para o plantio de soja transgênica no país. A medida provisória (MP) assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro do ano passado liberou o plantio e a comercialização da soja geneticamente modificada para a safra de 2004/2005. "A lei de Biossegurança é fundamental neste sentido", defende o deputado.

O texto da lei de Biossegurança aprovado pelo Senado também permite a utilização de células-tronco de embriões que estejam congelados há pelo menos três anos para fins de pesquisa e terapia, desde que as células seja obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização "in vitro". Além disso, o projeto regulamenta o cultivo e comercialização de sementes geneticamente modificadas.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, manifestou-se publicamente contra o projeto aprovado pelo Senado, que garante à CTNbio (Comissão Técnica de Biossegurança) poder para regular a pesquisa das sementes transgênicas. Marina Silva defende a proposta original que garante poder de veto ao Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ao Ibama.

Para o assessor técnico da CTNBio Rubem José do Nascimento, o projeto de lei avança na questão que trata da pesquisa com células embrionárias. Na avaliação de Nascimento, o governo poderá se antecipar a uma tecnologia que já é adotada por outros países. "O projeto ainda tem algumas ambigüidades, mas tem avanços que é a pacificação dos poderes, definindo atribuições", disse ele.

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