Cadeira vazia

Uma cadeira vazia estará no estúdio da Rede Bandeirantes de Televisão, na noite de 14 de agosto, quando o primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República acontecer. A cadeira vazia ficará reservada para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porquanto seus coordenadores políticos deram a entender não fazer parte da estratégica eleitoral do chefe do governo participar desse tipo de evento no primeiro turno.

A bem da verdade, providência igual tomada pela Band nas campanhas de Fernando Henrique Cardoso, que também não aceitava convites para debater com os adversários no primeiro turno, sendo por esse motivo alvo de vitriólicos ataques desferidos por Lula e seus palafreneiros do Partido dos Trabalhadores.

Dizem os operadores da campanha à reeleição que o presidente não pretende se desgastar medindo forças com candidatos sem expressão eleitoral, como José Maria Eymael e outros, decerto uma atitude discriminatória e esnobe, estranha ao líder sindical que madrugava nos portões das fábricas e, tampouco, oferecer-se como saco de pancadas a Alckmin, Heloísa e Cristovam, que teriam inúmeras questões palpitantes a suscitar nos três blocos (o programa terá cinco), em que os debatedores farão perguntas uns aos outros.

Político brasileiro, quando chega ao poder tira diploma de profundo conhecedor das desventuras do telhado de vidro, sobretudo quando o estilingue está em mãos alheias.

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