Três escolas com focos de dengue são fechadas em MG

Três escolas de Juiz de Fora, em Minas Gerais, suspenderam as aulas e fecharam as portas desde terça-feira, por terem se transformado em focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. As escolas ficaram fechadas na semana do carnaval e, quando voltaram a funcionar, estavam infestadas pelos insetos.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, choveu muito durante todo o feriado, o que pode ter facilitado a proliferação do mosquito, com o acúmulo de água nas escolas Ipiranga, Jesus de Oliveira e Gabriel Gonçalves da Silva. Desde o início da semana, a prefeitura promove a limpeza das unidades, com a retirada de lixo e água parada. A previsão é de que as aulas voltem ao normal na segunda-feira.

Apesar de ter registrado uma redução acentuada dos casos em relação ao ano passado, a situação da dengue em Belo Horizonte também chama atenção. Na última semana, a Secretaria Municipal de Saúde recebeu 140 notificações de suspeita de dengue, sendo que 33 casos foram confirmados. Desde o início do ano, foram notificados 2.072 casos, com 222 confirmações – uma com complicações.

Observatório

Na tentativa de reduzir os casos de infecção e evitar a explosão de epidemias localizadas, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) criou o Observatório da Dengue. O mecanismo, disponível no endereço www.observatorio.inweb.org.br/dengue, aproveita a inserção de cerca de 65 milhões de brasileiros na internet e usa vários softwares para buscar em sites como Facebook, Twitter, Orkut e Youtube, além de páginas de jornais, revistas e blogs, mensagens sobre incidência da doença ou de sintomas que indiquem a presença da dengue em determinada região.

Segundo a UFMG, a ferramenta foi testada durante seis meses e conseguiu detectar com 85% de acerto regiões onde há chance de ocorrências de epidemia da doença ou áreas onde ele já está presente e que não receberam visitas de técnicos. “O Observatório identifica locais onde a dengue está acontecendo e que podem ser lugares ainda não alcançados pelos registros oficiais”, afirma o coordenador do projeto, professor Wagner Meira Júnior.

Voltar ao topo