Traficante Gangan morre em tiroteio com a polícia

Rio – O traficante Irapuan David Lopes, o Gangan, um dos criminosos mais procurados do Rio, foi morto durante a madrugada de ontem numa troca de tiros com a polícia no Morro de São Carlos. Gangan comandava a venda de drogas no Complexo de São Carlos, no Estácio, no Morro da Serrinha, em Madureira, e no Morro Azul, no Flamengo. Ele fornecia drogas ao Vidigal e à Rocinha e tentava invadir Vigário Geral.

O chefe de Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, disse que a morte do traficante foi importante para desarticular o tráfico de drogas em diversas favelas da cidade. Segundo Lins, Gangan era o responsável por fazer a ligação entre traficantes da Rocinha, São Carlos, Mineira e Macacos. Lins disse, ainda, que os nove policiais que participaram da operação serão promovidos.

Mais cedo, Lins disse que a operação policial para prender Gangan começou há um ano. Há cerca de três meses, o local em que ele eventualmente se escondia naquela localidade, foi descoberto pelos delegados Alan Turnowski e Ricardo Hallack, que estavam à frente da investigação. Ainda segundo Álvaro, por volta das 4h de quarta-feira os dois delegados tiveram a informação de que o traficante estava na casa de número 630, da Rua Ambiré Cavalcante, no interior da favela. Apenas nove policiais civis foram convocados para a operação ao lado dos delegados, já que a polícia temia que a informação vazasse.

Gangan teria reagido e acabou sendo baleado. Segundo Lins, ele estava armado com uma pistola Glock de nove milímetros, de fabricação austríaca. O bandido foi levado para o Hospital Souza Aguiar onde já chegou morto. “A prisão do traficante era uma missão dada pela governadora Rosinha. Ele era uma prioridade, por causa da ascensão que ele tinha dentro do tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Ele tinha uma articulação com morros como a Rocinha, complexo do São Carlos, Morro dos Macacos”, afirmou.

O secretário de Segurança Pública do Rio, delegado Marcelo Itagiba, determinou a ocupação imediata do entorno dos morros de São Carlos e da Mineira. Cerca de 60 policiais do Batalhão de Choque (BPChoque), do 1.º BPM (Estácio), do Grupamento Especial Tático Móvel (Getam) e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), estão nas vias de acesso à favela para impedir manifestações. Pela manhã, houve tiroteio no local.

O comércio não abriu as portas na entrada do Morro de São Carlos, em forma de luto pela morte do traficante. O mesmo acontece na Avenida Edgard Romero, em Madureira. O Posto de Saúde Marcolino Candau, no Estácio, chegou a fechar as portas durante a manhã, para só voltar a funcionar na hora do almoço.

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