STJ quer o Exército contra o crime

Brasília

– O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Nilson Naves, divulgou ontem uma nota em que defende o emprego das Forças Armadas no combate ao crime organizado e afirma que o assassinato de dois juízes de Varas de Execuções Penais em curto espaço de tempo, um em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, e outro em Vila Velha, no Espírito Santo, não conseguirá intimidar os juízes. Na nota, distribuída momentos antes de ele iniciar entrevista coletiva à imprensa, Naves se diz estarrecido com o assassinato, ontem juiz Alexandre Martins de Castro Filho, de Vila Velha (ES). “Sua morte é mais um ato torpe e covarde, oriundo de um verdadeiro Estado paralelo que se auto-instituiu e sorrateiramente se instalou entre nós”, afirma. “Querem, assim intimidar os juízes, mas não conseguirão seus intentos malignos”.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) também distribuiu nota na qual afirma que o assassinato de Alexandre Martins de Castro Filho, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado no Espírito Santo, “atenta contra a integridade e a legitimidade do Estado” e, por isso, deve ser tratado como tal. A AMB solicitou audiência para amanhã com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para discutir as providências a serem tomadas em relação ao assunto.

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