Senador consegue assinaturas para abrir CPI da Pedofilia

Com apoio de parlamentares de todos os partidos, o senador Magno Malta (PR-ES) conseguiu nesta quinta-feira (20) as 27 assinaturas necessárias para criar a CPI da Pedofilia, encarregada de investigar a existência desta prática e a sua ligação com o crime organizado. Sua expectativa é a de iniciar a investigação no reinício dos trabalhos, no ano que vem. Magno afirma que a sua iniciativa foi estimulada pela Operação Carrossel da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quinta-feira, para reprimir a prática da pedofilia na internet.

Na justificativa, o senador diz que a pedofilia "é um transtorno da sexualidade, um padrão de comportamento sexual anormal observado em todas as classes sociais, raças e níveis educacionais". Segundo ele, é um comportamento "difícil de ser tratado, pois tanto o abusador quanto o abusado demandam tratamento intensivo e longo".

"Além de dividir famílias, implicam gastos governamentais, não apenas com o tratamento psiquiátrico, mas também físico, em conseqüência muitas vezes do espancamento associado à prática sexual, e prejuízos de ordem comportamento, devido à irreparável separação da criança do seio familiar", alega.

Ele constata ainda que, "via de regra, a criança (vítima de abuso) chegará á fase adulta com conseqüências emocionais gravíssimas, tornando-se deprimida, insegura, com problemas de relacionamento íntimo". Para o parlamentar, a operação da PF é a "maior dessa natureza já realizada no País". Na ação, cerca de 410 policiais tinham missão de cumprir 102 mandados de busca e apreensão em 14 Estados e no Distrito Federal.

Apreensões em 6 cidades do Paraná

Redação O Estado do Paraná

No Paraná, de acordo com a assessoria da superintendência regional da PF, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão. Três em Curitiba e os demais em Araucária, Ponta Grossa, Francisco Beltrão, Paranaguá e Foz do Iguaçu. Entre o material apreendido estão HDs, CDs e DVDs, com fotos e filmagens suspeitas. As apreensões foram feitas em residências e estabelecimentos comerciais.

Ainda segundo a assessoria de imprensa, não houve prisões. ?Toda a mercadoria foi lacrada e trazida para a sede da Polícia Federal, em Curitiba?, informou o chefe de Comunicação Social da Polícia Federal, Altair Menosso. O material agora será analisado por especialistas da PF.

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