Senado veta manobra para ajudar acusados

Brasília (AE) – Em resposta à manobra regimental feita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para atrasar os processos de cassação contra três senadores acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias, o Conselho de Ética aprovou ontem, por unanimidade, o retorno imediato das denúncias contra os parlamentares à Mesa Diretora da Casa. Com essa estratégia, Renan Calheiros foi obrigado a reunir a Mesa, que vai decidir hoje se transforma a denúncia em representação contra os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT). Com a abertura de processo, os três poderão ter seus mandatos cassados por falta de decoro parlamentar.

O contragolpe do Conselho de Ética para evitar o atraso na tramitação dos processo de cassação foi pautado no parecer dado pelo senador Demóstenes Torres (PFL-GO), que é vice-presidente do conselho e relator do caso da senadora Serys. O pefelista apresentou um parecer sob o argumento de que relatório da CPMI dos Sanguessugas e as investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, que serviram de base para o pedido de abertura de processo contra os três senadores, são ?muito consistentes? e dispensam ?apuração preliminar? dos fatos. ?Fazer uma nova investigação agora, antes do Conselho, é chover no molhado?, afirmou Demóstenes.

Com a decisão, é quase certa a abertura de processos contra Suassuna, Serys e Malta. 

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