Campo Grande (AE) – Sem terra ligados a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) iniciaram ontem no Mato Grosso do Sul uma série de ocupações de fazendas, que devem ter seqüência no final da próxima semana. As ações foram anunciadas pelo presidente da entidade, Geraldo Teixeira de Almeida, logo depois que 350 famílias de manifestantes, cerca de duas mil pessoas, ocuparam as propriedades rurais denominadas Eldorado II e Alambari, situadas no município de Sidrolândia, ambas em processo de aquisição pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O órgão cadastrou 900 grupos familiares, escolhidos pela Fetagri, para serem assentados nos dois imóveis. ?Esse pessoal deveria estar assentado desde o ano passado?, observou Almeida, acrescentando que outros cinco estão na mesma situação, ?em compasso de espera. Só na promessa?, ressaltou. Depois informou tratar-se das áreas Barra Nova, também em Sidrolândia; Cachoeira, em Bodoquena; Santa Maria da Floresta e Pitangueira, em Bonito; Figueiras, em Jardim, e Água Viva, no município de Tacuru. ?A partir da próxima segunda-feira, os trabalhadores rurais irão ocupar todas essas fazendas, até que ocorra uma medida prática por parte do governo federal?, anunciou.
A superintendência do Incra no Mato Grosso do Sul rebate, dizendo que a meta de assentar 9.100 famílias no estado está em andamento. ?É a maior meta já fixada pelo Incra no Estado, em toda a história da reforma agrária e vamos cumpri-la com bastante folga?, assegura o superintendente Luís Carlos Bonelli.