Romeu Tuma acredita que documentos entregues por Roriz são insuficientes

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), disse nesta quinta-feira (28) que os documentos de defesa apresentados pelo senador Joaquim Roriz (PMDB-SP) são "insuficientes" para assegurar a licitude da operação flagrada pela Polícia Civil no Distrito Federal na qual o peemedebista negocia a partilha de R$ 2,2 milhões com o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Tarcísio Franklin de Moura. A conclusão foi feita por Tuma um dia depois de ter recebido a defesa de Roriz.

"A explicação é frágil. Qual a razão de se descontar um cheque de mais de R$ 2 milhões na boca do caixa, ir para a casa de uma terceira pessoa para dividir o dinheiro (os recursos foram partilhados, segunda a polícia, no escritório de Nenê Constantino, dono da Gol) e de não ter notificado a transação junto ao Coaf", afirmou. Segundo Tuma, em sua defesa Roriz anexou apenas cópia da compra de uma bezerra no valor de R$ 300 mil, cópia do cheque e uma declaração de Constantino de que o empresário emprestou R$ 300 mil ao senador. Ao todo, a defesa entregue por Roriz no Senado tem 14 páginas.

O corregedor do Senado ressaltou, porém, ainda ser necessária investigação sobre o caso, o que ele prometeu fazer em até 30 dias. "É preciso investigar mas, sob o aspecto moral, há dúvidas sobre a questão ética", afirmou. Na véspera, Tuma já havia salientado que, em tese, já havia indicativo de que Roriz havia quebrado o decoro parlamentar.

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