Relatório da Polícia Federal aponta para Vavá, irmão do presidente Lula

A Polícia Federal concluiu que Genival Inácio da Silva, de 66 anos, o Vavá, utiliza sua influência política ?para defender os interesses? do empresário Nilton César Servo, suspeito de comandar a máfia dos caça-níqueis ?e/ou de pessoas por ele indicadas junto a órgãos da administração pública e da Justiça mediante recebimento de dinheiro?. Relatório de 105 páginas que esmiúça a Operação Xeque-Mate, entregue à Justiça, aponta diretamente para o irmão mais velho do presidente Lula.

O documento é acompanhado de outro levantamento, de 747 páginas, dedicado exclusivamente à interceptação telefônica. Vavá não era alvo da missão, mas caiu na rede dos grampos porque mantém freqüentes contatos com Servo e outros alvos da operação, que mira empresários, advogados, policiais e políticos. A interceptação telefônica identificou ?pelo menos duas ocasiões? em que Vavá solicita dinheiro a pretexto de influir ?em ato praticado por funcionário público e por juiz?.

A PF afirma que ele cometeu crimes a partir de duas ofensivas. A primeira quando se comprometeu a interferir em processo licitatório para garantir a uma empreiteira a construção de obra pública – tráfico de influência – e a segunda quando se dispôs a interferir no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para reverter decisão judicial – exploração de prestígio.

Dois grampos apontam indícios de que Vavá se comprometeu a fazer lobby ?em favor de terceiros? nos Correios e perante o ministro da Justiça, Tarso Genro. O primeiro grampo ocorreu em 22 de maio às 9h17. O outro, em 31 de maio, às 7h51.

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