Redução da jornada de trabalho poderia gerar 2,5 milhões de empregos

Representantes de cinco centrais sindicais entregaram nesta terça-feira (3) aos presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), um documento com mais de 1,5 milhão de assinaturas pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem alteração do salário.

O presidente da Força Sindical e deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, avaliou a iniciativa como inédita no Brasil. Segundo ele, a redução de 10% na jornada de trabalho poderá gerar cerca de 2,5 milhões de empregos no país.

"A idéia é discutir a instalação imediata de uma comissão especial (na Câmara) que possa cuidar da redução da jornada de trabalho. Queremos aprovar a medida ainda este ano e colocar no mercado esses trabalhadores que hoje estão desempregados".

Os sindicalistas participam neste momento de comissão geral no plenário da Câmara, que também conta com a presença de representantes da sociedade civil, além de parlamentares.

Antes do início da reunião, Paulinho disse que não vai renunciar ao mandato. Renunciar não tem nenhuma possibilidade. Não posso renunciar em conseqüência do que não devo.

As declarações foram feitas no mesmo dia que o Conselho de Ética da Câmara pode abrir processo contra o deputado sobre a suspeita de envolvimento em fraudes no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Nada melhor do que resolver a questão no Conselho de Ética. Lá vou ter oportunidade de explicar essa armação que estão fazendo contra mim, essa perseguição política, disse o parlamentar.

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