Receita vai investigar 39 denunciados na Xeque-Mate

O Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul pediu que a Receita Federal faça um levantamento para apurar se os 39 denunciados pela Operação Xeque-Mate praticaram crime de sonegação fiscal. As investigações sobre a máfia dos caça-níqueis, feitas pela Polícia Federal, levantaram suspeita sobre a maioria dos envolvidos, que movimentariam por mês R$ 7,5 milhões explorando jogos.

O pedido foi feito à Justiça Federal, juntamente com a denúncia criminal entregue anteontem pelo procuradores Lauro Coelho Júnior, Jerusa Burmann Viecili e Pedro Paulo de Oliveira. Apesar de os relatórios já encaminhados pela Receita mostrarem movimentação superior ao rendimento dos investigados, é preciso pedir um procedimento formal para apurar se houve sonegação e quanto deixou de ser recolhido.

No item 6 da denúncia, os procuradores alegam que, "tendo em vista o volume de recursos financeiros das quadrilhas", é preciso enviar os nomes à Receita para "procedimentos administrativos fiscais". Só após essa etapa poderá ser aberta ação para cobrar o valor sonegado.

A Polícia Federal juntou ao processo a análise da movimentação financeira – dos últimos cinco anos – de 27 pessoas e três empresas. Na maior parte dela, há divergências em relação aos rendimentos. Um exemplo é o do suposto líder do máfia das caça-níqueis, Nilton Cesar Servo, que em 2002 declarou ter ganho R$ 10,8 mil, mas movimentou R$ 2,1 milhões.

Voltar ao topo