Receita Federal investiga máfia dos caça-níqueis

A máfia dos caça-níqueis está na mira da Receita Federal. Documentos apreendidos pela Corregedoria da Polícia Civil no inquérito sobre o suposto pagamento de propina a policiais revelam que entre oito empresas investigadas pelo Fisco em dezembro consta o nome da Reel Token, que teve Jamil Chokr como sócio-fundador.

Em 13 de dezembro, fiscais da delegacia da Receita em Jundiaí (SP) apreenderam 125 máquinas que funcionavam no Bingo Vegas. Parte pertencia à Reel Token, conforme contrato achado no escritório de Chokr. O valor da locação era de R$ 220,00 por máquina, que deveria ser pago todo dia 10 em cheque ou dinheiro. O termo de apreensão da Receita tem três páginas e é assinado pela agente Maria Alice Brasil Fiuza de Moraes.

Desde os anos 90, a importação de caça-níqueis virou alvo da Receita. Suspeita-se que componentes eletrônicos das máquinas entraram no País por contrabando ou descaminho (transporte ilegal de mercadoria sem o devido recolhimento de impostos em uma fronteira).

Por mais de uma década, caça-níqueis operaram sem legislação específica. No início deste ano, porém, a Polícia Federal começou a desvendar a máfia que agia à sombra da jogatina. O esquema montado no Rio foi o primeiro a ser desarticulado. Em abril, a Operação Hurricane atingiu advogados, delegados, juízes desembargadores e até o ministro do Superior Tribunal de Justiça Paulo Medina. Duas semanas depois, foi a vez de a Justiça Federal em São Paulo ser surpreendida pela PF. A mais recente investida da PF contra a máfia ocorreu no dia 4. Na Operação Xeque-Mate, quase 80 pessoas foram presas e escutas respingaram em Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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