PT interpela Garotinho na Justiça por ofensas a Benedita

O PT do Rio de Janeiro entrou nesta terça-feira na 16.ª Vara Cível do Rio com uma interpelação judicial em que dá ao ex-governador Anthony Garotinho (PSB) prazo de 72 horas para explicar as declarações de que vai mandar ?desinfetar? o Palácio Guanabara, sede do governo estadual, antes da posse da mulher, Rosinha Matheus (PSB).

Os petistas entenderam que houve ofensa à governadora Benedita da Silva (PT) e exigem retratação pública. O segundo passo será um processo de racismo contra o ex-governador e o pedido de indenização por dano moral.

A ação, assinada pelo presidente regional do PT, Gilberto Palmares, e pelo vereador Edson Santos, pede ao juiz que Garotinho seja intimado a confirmar as declarações e dar esclarecimentos, como ?quem e de que forma infectou o Palácio Guanabara? e ?se pretendeu atingir a honra apenas da governadora ou se estende tal agressão aos demais membros do PT que freqüentam o palácio, particularmente os de cor negra, como é o caso dos requerentes?. ?Por mais que haja um contencioso entre o PT do Rio e o ex-governador, dessa vez foi muito violento?, afirmou Palmares.

Benedita já move um processo contra o casal Matheus, por danos morais. Em outubro de 2001, Garotinho insinuou que a governadora teria desviado R$ 500 mil dos restaurantes populares. O casal defende-se dizendo que as declarações foram feitas em um encontro político e foram usadas de forma ?distorcida e sensacionalista? pela imprensa. Garotinho move um processo de calúnia contra Benedita, por ela ter dito que seu antecessor deixou um ?rombo? nas contas do governo.

Segundo Palmares, o PT nacional está sendo informado de todas as decisões do diretório. Ele reiterou sugestão feita à direção nacional que nenhum cargo federal no Rio seja entregue a aliados de Garotinho. O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, negocia a participação do PSB no governo. ?Achamos justo que não se coloque azeitona na empada de alguém que vive agredindo o PT e principalmente a governadora. Mas a decisão final é do presidente eleito?, disse Palmares.

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