Programa de saúde exclui pediatria

Brasília (ABr) – Cerca de 200 pediatras reuniram-se ontem, em frente ao Palácio do Planalto, para reivindicar a inclusão da especialidade médica pediatria no Programa Saúde da Família (PSF). O presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Dioclécio Campos Júnior, entregou ao assessor especial da Presidência, Swedenberger Barbosa, uma carta sobre o assunto. ?O Programa Saúde da Família, que é uma das principais políticas da saúde no Brasil, exclui o atendimento pediátrico à população?, afirmou Campos Júnior.

Segundo ele, a ausência de profissionais especializados no atendimento infantil desrespeita o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê o investimento na qualidade da assistência à saúde dessa parcela da população. Na carta, dirigida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a SBP diz que o Saúde da Família não garante a crianças e adolescentes o direito à ?melhor medicina do seu tempo?, inserindo o programa em ?estratégias públicas simplificadoras, de baixo custo e pouca qualidade?. ?Isso acentua o fosso que separa cidadão de ?primeira e segunda classe? no Brasil?.

O presidente da SBP explicou que, para se especializar em pediatria, o médico precisa fazer cinco mil horas em tempo integral de residência na área, o equivalente a mais dois anos de formação. No curso de medicina, as disciplinas específicas sobre criança e adolescente somam de 20 a 50 horas no currículo. 

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