Prioridade ao emprego é exigência do eleitor

São Paulo

  – O elevado grau de exigência do eleitorado nessas eleições é uma das principais razões que motivou a centralização dos debates em uma questão prioritária para o brasileiro: a geração de empregos. “O eleitor amadureceu está mais realista, quer soluções concretas. Por isso, não adianta mais, ficar fazendo apenas promessas ou simplesmente criticar”, avalia a analista de pesquisas do Grupo Estado, Fátima Pacheco Jordão.

Na sua opinião, já que os discursos dos candidatos estão focados no emprego, a grande ênfase deverá ser na solução: “O diferencial está no diagnóstico das propostas, o Serra (candidato do PSDB à Presidência) começou a fazer isso no segundo dia do programa do horário eleitoral gratuito, a campanha do Lula (candidato do PT à Presidência) começa a perceber a importância do detalhe e também passa a dar esse foco à questão”. Fátima Jordão destaca, também, que o emprego já esteve fortemente presente nas campanhas eleitorais passadas, porém, nunca houve a preocupação em detalhar as propostas, como está ocorrendo agora.

Segundo o especialista em marketing político e diretor da empresa Unidade de Pesquisas S/C Ltda (UP), Sidney Kuntz, o emprego tornou-se a questão central porque é através dele que se resolvem outras questões prioritárias para os brasileiros, como a violência e a fome. “Apesar do foco estar correto, acredito que está faltando a apresentação de referências na abordagem do tema”, reitera ele. Na sua opinião, não adianta apenas citar números, pois para grande parte do eleitorado isso é muito vago, é preciso trazer os números para a realidade do eleitor. Outro ponto destacado por Kuntz é a falta de abordagem regional apresentação das propostas dos candidatos.

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