Presos mais 2 suspeitos pela morte de policiais no AM

A Polícia Federal prendeu hoje mais dois supostos traficantes que participaram do confronto ocorrido na madrugada de quarta-feira no rio Solimões, próximo ao município de Anamã, a 186 quilômetros de Manaus, quando dois policiais federais foram mortos e um ficou ferido. Além deles, foi preso hoje de madrugada, em uma mata próxima ao local do crime, Gerson Hilário da Silva, de 39 anos. De acordo com o superintendente da PF no Amazonas, Sérgio Fontes, ele confessou ter participado do confronto.

No fim da tarde, na mesma área, foram presos os dois outros suspeitos. Segundo a PF, João Batista dos Santos e seu filho Délio Nogueira dos Santos teriam dado cobertura aos traficantes em um barco na frente da lancha que carregava cocaína. Os três estão presos na sede da corporação em Manaus.

De acordo com Silva, em entrevista dada a uma rádio local ao chegar ao prédio da PF no início da manhã, ele não atirou nos policiais. Disse que ele e o irmão, que seria o comandante do barco, foram contratados como “mulas” para transportar 300 quilos de cocaína para Manaus. No barco havia “dois ou três” peruanos armados com fuzis, que teriam sido os responsáveis pelo tiroteio que vitimou os agentes.

A busca pelos outros traficantes que estavam no barco com Silva continua na área onde aconteceu o confronto. Segundo a PF, o Ministério do Interior do Peru fechou a fronteira ontem e policiais do país vizinho também atuam na busca aos fugitivos, em conjunto com cerca de 80 policiais federais e militares brasileiros.

Na tarde de ontem, o corpo do policial federal Mauro Lobo, que tinha 43 anos, foi sepultado em Manaus. O corpo de Leonardo Matzunaga Yamaguti, de 26 anos, foi levado para ser cremado em Brasília. O policial ferido, de 35 anos, segue internado na capital amazonense, mas não corre risco de morrer.