Presidente da Petrobras acredita que venda de refinarias foi decisão acertada

Brasília – A venda das refinarias da Petrobras em Santa Cruz de La Sierra e de Cochabamba, na Bolívia, para a estatal boliviana de gás e petróleo YPFB foi a decisão mais acertada, afirmou nesta quarta-feira (13) o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, durante audiência pública na comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

?Não acho que tivemos nenhum erro fundamental na negociação [de venda das refinarias] com a Bolívia. Não saímos perdendo. Temos garantido o fornecimento futuro [de gás], mantivemos nossas condições com rentabilidade na produção do gás com a Bolívia e estamos disputando o ressarcimento de perdas eventuais que tivemos no último ano, particularmente, o imposto que pagamos a mais do que consideramos que devíamos pagar?, afirmou Gabrielli.

O acordo para a venda das refinarias foi fechado no último dia 10 de junho e o pagamento da primeira parcela foi confirmado pela Petrobras ontem (12), mas para que as refinarias passem ao controle da empresa boliviana falta fechar o contrato de seguro das ações relativas às refinarias. Gabrielli não quis comentar sobre o andamento desse processo, apenas disse ainda faltam ser acertadas questões ?formais de transferência proprietária? entre as duas empresas. Segundo informações da Agência Boliviana de Informações, o seguro das ações deve ser fechado ainda nesta quarta-feira.

Ao ser questionado sobre o porquê de a Petrobras não ter feito investimentos em gás natural dentro do Brasil, Gabrielli respondeu que 95% dos investimentos foram feitos por governos anteriores. ?A responsabilidade de nos ter colocado na Bolívia não é deste governo, não é da Petrobras nesse momento. Quem colocou a dependência absoluta e não investiu no país não foi esse governo, não foi a Petrobras, que, ao contrário, está investindo US$ 22 bilhões até o próximo ano para viabilizar a expansão da produção [de gás], só no Espírito Santo?, disse.

Ele acrescentou ainda que, desde 2003, a empresa vem fazendo apenas investimentos para manutenção nas refinarias da Bolívia.

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