PPS e PDT anunciam agenda comum

São Paulo – Os presidentes do PPS, Roberto Freire (PE), e do PDT, Carlos Lupi (RJ), reúnem-se hoje, na Câmara dos Deputados, em Brasília, para anunciar uma agenda comum de eventos e ações que começa a ser colocada em prática no mês de março. De acordo com o portal do PPS na internet, a idéia é fortalecer a aliança entre os dois partidos, visando à eleição presidencial de 2006.

Entre os eventos da agenda programados, está um encontro nacional da esquerda brasileira no mês de abril, além de reuniões regionais entre os dirigentes dos dois partidos. Também já foi formado um grupo de trabalho, integrado por representantes das siglas, que está elaborando um documento político comum. Além disso, PPS e PDT começaram a incentivar o estreitamento de relações entre os grupos temáticos das duas legendas, aproximando jovens, mulheres, negros, sindicalistas e outras organizações partidárias.

Desde o início de fevereiro, na internet, o portal do PPS conta com um link de acesso ao portal do PDT, que, apesar de não seguir ainda o mesmo exemplo, compartilha notícias produzidas pelas assessorias de imprensa de ambas as siglas. O anúncio oficial da agenda PPS/PDT acontece às 15 horas no plenário 15 da Câmara dos Deputados. Também participam do encontro o secretário-geral do PPS, Rubens Bueno; o secretário-geral do PDT, Manoel Dias, além dos líderes dos partidos na Câmara, Dimas Ramalho (PPS-SP) e Severiano Alves (PDT-BA).

Oposição

Enquanto o governo sofre derrota na Câmara e é pressionado pela sociedade civil que não admite a MP 232, os partidos de oposição armam-se ostensivamente pensando nas eleições do ano que vem. O PFL desde o começo do ano desenvolve uma linguagem de campanha. Em seu site, o partido diz que o terremoto político provocado pela eleição para presidente da Câmara quando Lula e o PT sofreram a maior derrota política de um governo no Congresso "reverteu de forma impressionante o favoritismo da reeleição em 2006".

E a frase nem chega a ser de um militante do PFL. A constatação foi feita pelo insuspeito aliado do governo, o presidente do PTB, deputado Roberto Jéfferson, que declarou: "O que vejo é o pessoal da base começando a se despregar da reeleição de Lula. Há no ar uma sensação de afastamento". E Lula, segundo o site do PFL, já disse que Roberto Jéfferson é um dos seus esteios políticos no Congresso, com quem conversa freqüentemente.

 A declaração do presidente do PTB confirma a perda de substância política do governo. Pressentindo o esvaziamento, aliados que foram essenciais para a vitória de Lula em 2002 começam a procurar alternativas. "A derrota de Greenhalgh é o marco zero da derrocada da reeleição de Lula", diz o PFL, em tom de antecipado discurso pré-eleitoral. O candidato do partido à presidência é o prefeito do Rio, César Maia. 

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