PPB muda de nome e elege nova direção

Sao Paulo

– Convenção do PPB (Partido Progressista Brasileiro) realizada ontem, em Brasília, elegeu a nova diretoria do partido e aprovou a mudança da sigla para PP (Partido Progressista). O novo presidente do partido é o deputado Pedro Correia (PB). Ele substituirá Paulo Maluf, que foi promovido a presidente de honra da legenda. O deputado Delfim Netto (SP) foi eleito vice presidente.

A mudança da sigla faz parte de um projeto de renovação da sigla, que vem registrando uma queda no número de postos em cargos eletivos nas últimas eleições. Os pepebistas que agora querem ser chamados de progressistas afirmavam que o “B” da sigla era redundante e fazia o partido ser confundido com o PTB e o PPS.

A mudança da sigla deverá ser publicada na próxima segunda-feira no Diário Oficial da União e registrada na próxima semana no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A nova direção do PPB defende uma linha de independência do partido, mas com boas relações com o governo do PT. Na votação da emenda que regulamenta o artigo 192, na noite de quarta-feira, o partido votou maciçamente com o Planalto. Sua direção afirma, no entanto, que não pretende compor a base do governo.

Prona

De acordo com o terceiro vice-presidente do partido, deputado Francisco Dornelles (RJ), o PP tem atualmente 48 deputados federais, mas poderá chegar a 60 até o fim deste semestre.

Entre os possíveis futuros filiados estão os seis deputados do Prona, entre eles Enéas Carneiro. Na terça-feira, o assunto será debatido em um jantar na casa da ex-deputada Sueli Campos, que se filiou ontem ao PP, deixando o PFL.

A direção do novo PP afirma que os deputados seriam bem-vindos, mas que não há qualquer garantia em assegurar a indicação de Enéas para o cargo de presidente da República nas próximas eleições, como desejam os deputados do Prona.

A mudança de sigla do PPB inviabiliza os planos do PFL, que também estudava alterar sua sigla para PP (Partido Popular) na convenção nacional marcada para junho. A alteração na sigla do PFL também faz parte de um plano de renovação da legenda que, desde a sua fundação, em 1985, se vê pela primeira vez no papel de oposição.

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