Porteiros contradizem versão de Carla Cepollina

Um dos porteiros do prédio da Rua José Maria Lisboa, nos Jardins, zona sul de São Paulo, onde morava e foi assassinado o coronel Ubiratan Guimarães, no último dia 9, só trabalha com o relógio sem pulseira sobre a mesa. Naquela noite, ele garante ter deixado o trabalho às 21h40, após ser rendido pelo colega. E também afirma com convicção que, quando foi embora, a advogada Carla Prinzivalli Cepollina, 40 anos, namorada do oficial, ainda estava no edifício e seu carro, um Astra preto, permanecia estacionado na vaga.

O outro porteiro, do turno da noite, confirmou a versão do colega do dia. Ele disse que chegou às 21h40 e que Carla foi embora entre 22h30 e 23h de sábado. ?Vi quando ela saiu do elevador com uma blusa no braço. Não falou boa noite. Abriu a porta de vidro que dá acesso à vaga no estacionamento e entrou no Astra. Eu acionei o portão e ela foi embora?, contou.

Os dois porteiros foram ouvidos na semana passada no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O primeiro sustenta que em seu depoimento informou ter ido embora às 21h40 e que a advogada ainda se encontrava no prédio. Segundo ele, Carla chegou entre 18h30 e 18h40 ao prédio, com o coronel, no Astra preto. O outro porteiro também garante ter declarado que a namorada do coronel foi mesmo embora entre 22h30 e 23h.

Os horários fornecidos pelos porteiros não batem com outras informações colhidas por investigadores do DHPP. Um vídeo apreendido pela polícia mostra que Carla chegou ao prédio onde mora, no Campo Belo, às 21h06 do dia 9. Ela teria passado numa locadora de vídeo, perto de sua casa, entre 20h30 e 21h. Funcionários da locadora confirmaram essa versão ao DHPP.

Voltar ao topo