Pobreza e o turismo sexual aumentam a prostituição

Brasília – A prostituição infantil está presente em todas as capitais brasileiras e em muitas das grandes cidades do País, sobretudo as do litoral nordestino. Entre seus principais fatores estão a pobreza e o turismo sexual. A informação está contida no primeiro levantamento nacional sobre exploração sexual comercial infanto-juvenil, que será divulgado hoje, às 10h, no Ministério da Justiça, pelo ministro Nilmário Miranda, chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos.

Produzido em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Universidade de Brasília (UnB), o estudo identificou os municípios brasileiros em que a exploração incide. Levantou também os programas governamentais que existem em cada município para enfrentar o problema. Segundo Nilmário, esta é a primeira vez que o Brasil terá um diagnóstico completo sobre a exploração sexual infanto-juvenil e as estratégias para a sua superação.

O documento não terá estatísticas, nem ranking dos priores municípios, mas mostrará as circunstâncias que mais propiciam o problema, além do perfil das vítimas e sua condição social. Por conta da gravidade do problema, o governo relançou, às vésperas do carnaval, a campanha de Combate à Exploração Sexual Infanto-Juvenil no País. As ações darão prioridade às cidades litorâneas e às capitais nordestinas. Haverá atenção redobrada sobre turistas estrangeiros.

Com o estudo, segundo destacou o ministro, o poder público e a sociedade terão condições de ampliar as ações contra a exploração sexual de menores. O governo federal deverá lançar mão de programas de transferência de renda, como o Bolsa-Família para evitar que crianças e adolescentes carentes sejam atraídas por aliciadores. O estudo foi feito a partir do mapeamento geo-social e político dos municípios brasileiros, feito pelo IBGE.

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