‘Petrobras não adiará construção de refinarias’

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou hoje que a construção de novas refinarias da Petrobras não será adiada. Ele disse que a crise financeira internacional e a escassez de crédito não deverão prejudicar projetos nesse sentido. “Não se constrói uma refinaria em um ano. Se constrói em cinco ou seis anos, e essa crise não pode durar mais que um ano”, afirmou o ministro, após participar do início de um debate no Senado sobre a futura exploração de petróleo na camada pré-sal.

Questionado se o empréstimo de R$ 2 bilhões tomado pela Petrobras na Caixa Econômica Federal significaria que a estatal estaria com problemas de caixa, o ministro disse que captação como essa é feita todo ano. “Não vejo nenhuma dificuldade nessa operação.” Lobão reafirmou que a crise não causará nenhuma alteração nas obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC): “Nenhum centavo deixará de ser investido.”

Pré-sal

Lobão afirmou que, entre esta semana e a próxima, deverão ser concluídos os estudos sobre o marco regulatório do setor de petróleo que permitirá a exploração na camada pré-sal. Os estudos estão sendo feitos por uma comissão interministerial e, quando concluídos, serão submetidos à avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Há uma certa demora, para podermos fazer responsavelmente esses estudos”, afirmou o ministro, em conversa com jornalistas, depois de participar da abertura de um seminário sobre o pré-sal promovido pelo Senado. Lobão disse que os campos de petróleo identificados na área do pré-sal “são uma descoberta extraordinária.”

Segundo o ministro, essa região do mar territorial brasileiro oferecerá ao País “um petróleo leve, fino e da melhor qualidade”. Lobão ressaltou que esse petróleo não só livrará o Brasil dos custos de importação de óleo leve, mas também poderá ser exportado. Ele disse que o presidente Lula fará sua opção por novas regras depois de ouvir vários segmentos da sociedade brasileira. “Não queremos fazer autoritariamente nenhuma decisão dessa magnitude, sem ouvir todas as correntes ligadas ao setor”, declarou. O ministro observou que, dependendo dos termos do marco regulatório, terá de passar por uma avaliação do Congresso Nacional.

Voltar ao topo