Permanência do Exército em morro do Rio divide governo

Apesar da resistência do ministro da Justiça, Tarso Genro, que aconselhou o governo a aproveitar a decisão judicial para retirar ‘de forma honrosa’ o Exército do Morro da Providência, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, convenceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva da necessidade de recorrer da sentença para manter as tropas federais prestando segurança às obras no Rio. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (19) pela manhã, após conversa de Jobim com o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), José Antônio Dias Toffoli. Lula tinha dúvidas do que deveria ser feito em relação às tropas, mas foi persuadido por Jobim e Toffoli. O presidente foi sensível à ponderação de que uma solução envolvendo a retirada das tropas precisava ser muito bem planejada.

Para Jobim e Tofolli, a decisão da Justiça pela retirada do Exército do morro partiu de uma ?premissa equivocada?. Motivo: a juíza entendeu que o Exército estava atuando como força de segurança, o que não seria verdade. Para os ministros, o Exército executa ?ação subsidiária?, para a realização de obras sociais. Eles entendem que, se o Exército tiver de sair da Providência, será por decisão do próprio governo, e não do Judiciário, porque sua atuação na favela é legal.

Após cerimônia no Planalto, Genro defendeu a posição de que o Exército não deve estar no morro carioca. ?A Força Nacional de Segurança Pública está no Rio e à disposição do governo do Estado.?

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