Paulo Bernardo diz que combate à corrupção é ‘eficaz e democrático’

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o combate à corrupção no Brasil tem sido "muito eficaz e democrático". Segundo ele, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União têm realizado um trabalho que tem levado "muita gente graúda para a prisão" o que, na opinião do ministro, era "impensável" anos atrás. Paulo Bernardo defendeu, no entanto, a necessidade de incorporar tecnologia e inteligência na prevenção à corrupção. Para o ministro é preciso impedir que o dinheiro público seja gasto em práticas irregulares ou corruptas. Ele lembrou que é muito difícil fazer com que esse dinheiro retorne aos cofres públicos.

O ministro participou de um seminário sobre "Combate à Corrupção". Em seu discurso ele citou como exemplo de desvio de dinheiro, uma ponte que teria sido construída no Maranhão, que não liga nenhuma rodovia e não tem nenhum rio passando embaixo. "Toda sociedade ficou chocada. Não tinha nenhuma necessidade precisamos incorporar tecnologia e inteligência na prevenção e práticas para conseguirmos avaliar entes e durante a execução da obra", afirmou o ministro.

Segundo ele, as notícias quase semanais de operações da Polícia Federal geram dúvidas no cidadão se está havendo um surto de corrupção. Ele disse que "faz parte da ala otimista, que acredita que, na verdade, aumentou o combate à corrupção". "A sociedade não aceita e o Estado não pode conviver com a corrupção", afirmou.

O ministro criticou também as categorias de servidores públicos que estão em greve. Segundo ele, algumas categorias estão entrando em greve para depois procurar o governo para apresentar as suas reivindicações. Para o ministro isso gera um problema, porque a política salarial do governo não prevê reajustes em 2007. "Estamos recebendo todas essas categorias e deixando claro na mesa, que não temos margem para fazer reajustes salariais, em 2007", disse o ministro. Ele disse que as negociações salariais são para aumentos com impacto em 2008, 2009 e 2010. "Essas greves são precipitadas e vão se revelar inúteis. Vão acabar sendo só um tormento para o cidadão", disse o ministro.

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