Passageira questiona presidente da Infraero em público

Durante a entrevista coletiva que concedeu nesta quinta-feira (31) à tarde, em frente ao portão de embarque do aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, o presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sergio Gaudenzi, foi abordado por uma passageira que estava no saguão do aeroporto desde a manhã e teve sua conexão cancelada e adiada para às 18h30. Ela questionou Gaudenzi sobre os problemas enfrentados pelos passageiros nos aeroportos do País.

Cida Ribeiro, de 62 anos, desembarcou no aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica) em Guarulhos, vinda de Frankfurt. Ela seguiu para o aeroporto de Congonhas pela manhã para fazer uma conexão para Goiânia, que estava marcada para as 11h30. Mas o vôo foi cancelado e adiado para as 18h30. "Foi com muito custo que eu consegui marcar esta viagem para o final da tarde. Isso vai melhorar?", perguntou Cida ao presidente da Infraero.

Gaudenzi respondeu que o trabalho de fiscalização dos horários dos vôos cabe à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). "Isso terá de melhorar. Eu não posso falar por outra área porque esta parte é da Anac, órgão regulador que atua em nome da sociedade, ou seja, dos passageiros", disse. Ele ainda afirmou que nenhum aeroporto atrasa os vôos programados pelas companhias aéreas. "O que atrasa (os vôos) são as condições meteorológicas ou as empresas.

A passageira contestou as informações de Gaudenzi e afirmou que a situação sempre se repete em vôos internacionais. "Isso aqui é um desrespeito ao passageiro", disse Cida. O presidente da Infraero insistiu e disse que todas as reclamações devem ser feitas junto à Anac.

Gaudenzi pediu que a passageira registrasse a reclamação no balcão de informações da Infraero, na entrada principal do aeroporto. "A senhora tem que fazer a reclamação, porque quando a gente não reclama parece que o serviço está funcionando muito bem", afirmou. "É preciso que o passageiro reclame para que haja melhora no atendimento", disse.

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