Padre que rezou missa vestido de orixá é afastado

Salvador (AE) – Depois de submeter o padre José Pinto a exames psiquiátricos, a Arquidiocese de Salvador resolveu dar 15 dias de folga para o religioso descansar e se recuperar do episódio ocorrido na semana passada, durante a Festa de Reis na Igreja da Lapinha.

Padre Pinto chocou paroquianos e a cúpula do clero baiano ao celebrar missa maquiado e fantasiado do orixá Oxum, entre outras atitudes pouco comuns: um dia caracterizou-se de Rei Mago, outro participou de um balé vestido de índio, requebrou, saracoteou na nave da igreja e levou hóstia a uma mãe de santo de joelhos.

Ao saber que um grupo de paroquianos havia encaminhado um abaixo-assinado pedindo seu afastamento da paróquia, na última missa da Festa de Reis ele teve um ataque histérico dizendo que só sairia da Igreja da Lapinha, onde está há 33 anos, ?morto?. Repetiu a frase várias vezes parecendo em transe até ser acudido por uma beata. Ele não apareceu mais na igreja no fim de semana, quando a Arquidiocese divulgou uma nota informando que ele precisava de ?tratamento terapêutico?.

Integrantes da Congregação das Divinas Vocações, da qual o religioso faz parte, disseram que a Igreja não pensa em afastar definitivamente Padre Pinto do sacerdócio. A folga de 15 dias foi por orientação médica. Apesar das atitudes polêmicas, Padre Pinto, que é artista plástico e tem formação em balé clássico, obteve o apoio de grande parte dos paroquianos e da população de Salvador que torcem por sua recuperação. 

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