Operação João de Barro combate fraudes em obras do PAC

A Polícia Federal (PF) iniciou nesta sexta-feira (20) a Operação João de Barro para cumprir 231 mandados de busca e apreensão e 38 mandados de prisão temporária nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Tocantins, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal.

Segundo nota divulgada pela PF, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) realizada em 29 municípios do leste mineiro encontrou indícios de fraude na execução de obras. A auditoria foi feita a partir de denúncias veiculadas na imprensa e, logo após, a investigação policial desarticulou um esquema criminoso de desvio de verbas destinadas à construção de casas populares e estações de tratamento de esgoto.

De acordo com a PF, a quadrilha desviava recursos repassados pela União aos estados, Distrito Federal e municípios em convênios ou empréstimos cedidos pela Caixa Econômica Federal e BNDES nas chamadas transferências populares. Grande parte dessas transferências se destina a custear obras que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Os projetos já receberam R$ 700 milhões para sua execução e outros R$ 2 bilhões poderiam ter o mesmo destino. Por conta do crime, sobrava menos dinheiro para a realização das obras, que não apresentaram padrão de qualidade de acordo com o previsto. Algumas casas, inclusive, estavam com metragem inferior à determinada no projeto original, informa a nota da PF.

Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Hermes Gomes, da 2ª Vara de Governador Valadares (MG) e os de busca e apreensão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Federal, ainda não há balanço sobre a Operação João de Barro. Mais detalhes dobre a ação da PF devem ser apresenados durante entrevista coletiva, às 15h, em Brasília.

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