Ministro pede autorização para subir em palanque

O PT, o governo e a Justiça devem ser consultados pelo ministro da Educação, Cristóvam Buarque, para que ele receba autorização e suba em palanques de aliados nas eleições municipais de 2004.

?Se for necessário, possível e decente, não vou fugir da campanha?, disse. A administração federal, na opinião dele, participará da eleição municipal, ?quer queira ou não?. Fatalmente, afirmou, os adversários criticarão o Poder Executivo e os ministros terão de defender os programas e a política econômica adotados neste primeiro ano de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro da Educação afirmou que, no primeiro ano, o Executivo petista saiu da ?esperança para a confiança?. Por isso manter a política econômica era vital para que a inflação não voltasse a desarticular a sociedade. Buarque avalia que Lula ganhou espaço em duas áreas onde o antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, era forte: relações exteriores e estabilidade econômica.

Agora, é chegado o momento de passar da confiança para a mudança, o que implica não prolongar por muito tempo a escassez de investimentos no social, de acordo com o ministro. ?Não tenho a menor dúvida de que o presidente Lula vai investir mais no social.? Porém, Buarque reconhece que a velocidade desta modificação depende da estabilidade monetária.

A eleição servirá de termômetro para o governo, disse. Ao lado da política econômica, o ensino também poderá ser uma bandeira no pleito. Quando a educação começar a mostrar resultados, como os Projetos Escola Ideal; Bolsa Família com valores mais amplos; TV interativa; aprovação do Fundeb (fundo de desenvolvimento do ensino médio); reforma das universidades, e 3 milhões de alfabetizados, o termômetro das eleições será positivo, declarou.

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