Ministro diz que governo não tem plano B sobre CPMF

O ministro das Relações Institucionais, José Múcio, reconheceu que o governo ainda não tem absoluta certeza dos votos para aprovação da emenda constitucional que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Nenhum dos dois lados, governo e oposição, tem absoluta certeza dos votos", disse Múcio, ao chegar ao Ministério da Fazenda para continuar as negociações com o ministro Guido Mantega. Eles estiveram reunidos até as 0h15 desta quinta.

O ministro ponderou, no entanto, que o governo está otimista. "Os senadores com quem temos conversado todos têm se manifestado preocupados com a necessidade de aprovação da CPMF", disse Múcio. Ele reconheceu, no entanto, que o governo precisa negociar mais para conseguir os votos necessários. "O mundo real diz que precisamos trabalhar mais", disse Múcio.

Questionado se o governo tem somente 47 votos favoráveis à CPMF, o ministro disse: "este número não temos com absoluta certeza". Ele afirmou também que os próximos dias serão decisivos para "quem deseja ajudar o Brasil e quem não deseja".

Múcio não quis revelar os nomes dos senadores com quem o governo está conversando para alcançar o placar necessário para aprovação da CPMF. E justificou: "não estamos expondo ninguém porque as conversas não foram conclusivas". Segundo ele, a inquietude é dos dois lados: da oposição e do governo. Ele disse que espera que a emenda seja votada em primeiro turno na próxima terça-feira. E a uma pergunta se o governo estaria desesperado, Múcio respondeu: "nunca; temos que ter tranqüilidade". O ministro ressaltou que o governo não tem plano B de medidas para a eventualidade de perder a votação da CPMF. "Plano B é vencer", disse.

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