Menina torturada em Goiânia diz que perdoa empresária

A menina L.R.S., de 12 anos, que mora num centro de proteção a menores e mulheres que sofreram violências físicas e sexuais, afirmou que está feliz da vida: "Encontrei a minha casa, agora vou desfilar e, nas férias, vou viajar", afirmou L.R.S., libertada em março do cárcere privado, onde era vítima de tortura e de redução à condição análoga de escravo. "Eu queria ver a tia Silvia", disse L.R.S. "Eu perdôo a tia Silvia", disse. "Quando crescer, vou ser advogada", completou.

Ela recebeu nos últimos três dias dois convites e uma convocação. Primeiro, para participar de um desfile anual de moda, em Goiânia, viajar ao Rio e conhecer a Praia de Copacabana nas férias e, por fim, foi convocada a prestar depoimento ao juiz da 7ª Vara Criminal da capital goiana, José Carlos Duarte, na quarta-feira.

A empresária Silvia Calabresi Lima, acusada da tortura, pediu dispensa de comparecer no tribunal, Duarte concedeu. O advogado da empresária, João Matos, disse hoje que entrará com um agravo no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), contra a decisão do juiz da 7ª Vara Criminal da capital que rejeitou o pedido de exame de sanidade mental. Duarte também negou requerimento semelhante da doméstica Maria Vanice Novaes e a quebra do sigilo telefônico da casa onde morava. Já a Polícia Federal (PF) de Goiás ouviu Silvia nesta sexta-feira (18) na Casa de Prisão Provisória (CPP).

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