São Paulo – A estudante Renata Oliveira Silva, de 17 anos, chegou em casa do trabalho apressada para tomar banho e ir à escola. Esbarrou na mesa e não conseguiu evitar que um copo de vidro se espatifasse no chão. O padrasto, Domingos Candeia da Silva, 39, ordenou que Renata recolhesse os cacos. A garota se recusou e levou sete facadas no peito e duas nos olhos. Indignados com a covardia do agressor, vizinhos arrastaram Silva para fora da casa e o lincharam a pauladas, pedradas, socos e pontapés. Padrasto e enteada foram socorridos por policiais militares e levados ao hospital, mas morreram.
O ataque a Renata aconteceu às 17h10 de segunda-feira na casa da família, no bairro do Jardim Mirna. Sem ter o que fazer, a dona-de-casa Mariazinha Silva Oliveira, 40, e a irmã Adriana, 4, assistiram caladas ao crime. As discussões entre padrasto e a jovem eram constantes, segundo a tia Sônia Silva Oliveira, 39. Tanto que nenhum vizinho pensou em intervir quando os berros começaram na casa da família. ?Meu filho viu quando ele estava com a faca na mão e me chamou dizendo que ele ia matar a Renata. Como eu estava vendo televisão, quando cheguei ela já estava ferida?, contou um vizinho.
Renata trabalhava em um restaurante no Morumbi e cursava a 1.ª série do ensino médio. Domingos não trabalhava. Segundo Sônia, ele estaria bêbado ou drogado quando matou a enteada.