Mantega nega falta de investimentos para setor aeroportuário

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (19) que não faltaram investimentos para ampliação e reforma de praticamente todos os aeroportos do país. Segundo o ministro, a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) tem um programa nacional de infra-estrutura aeroportuária robusto, que, só neste ano, prevê recursos de aproximadamente R$ 878 milhões. Até 2010, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os investimentos chegam a R$ 3,001 bilhões.

"Não é falta de investimento. Claro que sempre se pode concluir: Falta mais, falta menos. Não vamos confundir uma tragédia aérea com um programa nacional de aeroportos", disse ele.

Sobre a possibilidade de se construir um novo aeroporto em São Paulo, Mantega disse que ainda não existe uma decisão do governo. Ele disse, entretanto, que embora não exista nada de concreto, se for necessário, o governo poderá recorrer às Parcerias Público-Privadas (PPPs), ou simplesmente ao setor privado. "Isso é uma hipótese, mas ninguém discutiu o assunto", acrescentou.

Quanto à possível ampliação do programa da Infraero para os aeroportos, o ministro afirmou que "não se deve tomar a medida de afogadilho, já que, para construir um novo aeroporto, leva-se até sete anos".

Ele ressaltou que não era a pessoa mais indicada para falar sobre uma crise no setor aéreo ou problemas de infra-estrutura aeroportuária e disse que os questionamentos têm de ser direcionados ao ministro da Defesa, Waldir Pires, "que é o responsável pela essa área".

Para Mantega, é importante observar que existem questões sobre a infra-estrutura dos aeroportos que são de longo prazo, como a construção e a ampliação de pistas, incluindo a terceira pista em Guarulhos (SP), que envolvem, entre outras coisas,  a desapropriação de imóveis.

O ministro disse que não sabe de quem é a culpa pelo acidente com o avião da TAM, esta semana, em São Paulo. "Eu não sei de quem é a culpa e isso tem que ser investigado e analisado. Eu não tenho  resposta para isso". 

Mantega, que tinha acabado de chegar ao Ministério da Fazenda, depois de participar da reunião de coordenação política no Palácio do Planalto, contou que o clima no encontro era de consternação com a tragédia e que o pensamento de todos era de solidariedade com "as famílias, pelo drama que estão passando".

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