Lula propõe grupos de trabalho para setor sucroalcoleiro

O presidente Luiz Inácio lula da Silva propôs à União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) a criação de três grupos de trabalho para analisar questões-chaves para o setor sucroalcoleiro. A primeira questão é a definição do preço da energia elétrica obtida a partir do bagaço, da palha e da ponta da cana-de-açúcar, levando-se em conta os subsídios adotados para outras fontes de eletricidade e os custos de transmissão e ambientais. A segunda questão é a definição de um marco regulatório para o setor de produção de etanol. A terceira refere-se às condições de trabalho no setor.

Lula reuniu-se nesta sexta-feira (31) com dirigentes da entidade, que expuseram o potencial do setor de produção de etanol, de açúcar e de eletricidade até 2020. No caso da energia elétrica, o setor calcula que já há capacidade de oferta de 1.400 MW médios, o que equivale a uma usina nuclear Angra 3. Até 2012, a oferta deve-se aproximar de 9.000 MW médios.

O presidente da Unica, Marcos Jank, disse na audiência que a prioridade do setor é a definição dos preços. Não foi solicitado ao presidente da República a abertura de nenhuma nova linha de financiamento. Jank relatou que, no caso do álcool, o setor privado deverá investir R$ 17 bilhões nos próximos sete anos e que, para isso, se faz necessária e urgente a definição de um mecanismo de regulação baseado em regras de mercado e também a definição dos estoques.

Em relação às condições de trabalho nos canaviais, Jank insistiu em que, em São Paulo, 95% dos trabalhadores em canaviais têm carteira assinada. Essa situação não se repete em outras regiões do País, o que leva o setor a considerar a assinatura de uma acordo para a eliminação da terceirização do trabalho de corte manual da cana.

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