Cratera gigante

Justiça inocenta 14 pessoas acusadas por tragédia em metro de São Paulo

Uma decisão da Justiça de São Paulo inocentou todas as 14 pessoas acusadas do acidente nas obras do metrô de São Paulo que gerou a morte de sete pessoas em janeiro de 2007. O canteiro de obras da Estação Pinheiros abriu uma cratera imensa que engoliu máquinas, caminhões e pessoas que passaram no momento do desastre.

As obras eram de responsabilidade do Consórcio Linha Amarela, formado pelas empresas Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.

Segundo a decisão, divulgada pelo jornal “Folha de S. Paulo”, a juíza Aparecida Angélica Correia, da 1ª Vara Criminal, considerou ‘estar provado que os réus não concorreram para a infração penal”. A juíza afirmou que ficou provado que o acidente provavelmente aconteceria mesmo com a instalação dos tirantes (estruturas de reforço). A magistrada disse ainda que não houve indício do acidente e que os responsáveis tomavam os cuidados necessários.

“Ora, os acusados não tinham como prever o acidente, em razão de todas as circunstâncias apuradas. A execução do projeto de obra estava dentro da normalidade, todas as equipes acompanhavam cuidadosamente cada passo da execução e não apontaram qualquer situação que indicasse a possibilidade de um acidente”, disse a juíza.

A denúncia do caso foi feita pelo Ministério Público, que defendeu que os funcionários foram negligentes.

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