Juiz diz que Beira-Mar precisa de operação na clavícula

O juiz corregedor do Presídio Federal de Campo Grande, Odilon de Oliveira, afirmou nesta segunda-feira (21) que os hospitais de Campo Grande estão negando atendimento ao traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Ele precisa ser operado da clavícula, com problema em decorrência de um acidente aéreo que sofreu em 2001, durante perseguição da polícia colombiana na região de Morichal, a cerca de 580 quilômetros a sudeste de Bogotá. Preso desde julho do ano passado na penitenciária, Beira-Mar vem reclamando de fortes dores ultimamente. Oliveira disse que o detento necessita de uma cirurgia, mas não tem encontrado apoio dos médicos locais.

O magistrado explicou que devido à alta periculosidade e o grande número de inimigos de Beira-Mar, a solução dessa situação está difícil. "O lugar mais seguro para essa operação seria em um hospital das Forças Armadas. Em Campo Grande, tanto o Comando Militar do Oeste quanto a Base Aérea de Campo Grande não têm disponibilidade para tanto". As duas instituições chegaram a aceitar "um detento do Presídio Federal", mas quando souberam tratar-se de Beira-Mar, "procuraram desfazer a aceitação".

Para o juiz, "uma ordem do Ministério da Defesa resolveria o caso. O preso seria atendido em um hospital militar". Segundo ele, o assunto será encaminhado ao Ministério da Justiça para as devidas providências. Beira-Mar foi preso em 2001, no dia 21 de abril, por soldados do Regimento de Infantaria do Exército colombiano, com ferimentos em um braço provocado por tiros disparados 40 dias antes de sua prisão.

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