Jovem que roubou ônibus no RJ não quis dar depoimento

O estudante de Direito Pedro Henrique Corrêa Santos, de 24 anos, que assumiu a direção de um ônibus vazio e dirigiu da Barra da Tijuca até Botafogo, no Rio, ontem, causando vários acidentes, se recusou a prestar depoimento à Polícia Civil, hoje.

Ele também já havia se recusado a fazer exame de alcoolemia, que indica se a pessoa está embriagada. Santos está preso e hoje foi transferido para a unidade da Polinter no Grajaú (zona norte).

Segundo a delegada Cristiana Honorato, da 12ª DP (Copacabana), onde Santos esteve detido até hoje, o advogado dele alegou que seu cliente sofre de transtornos psiquiátricos e usa medicamentos de uso controlado desde a morte da mãe.

Segundo o advogado, o universitário estava fora de si quando assumiu a direção do ônibus e não deve responder pelos acidentes que provocou. O advogado também afirmou à polícia que Santos só vai se manifestar em juízo.

Conforme a polícia, ele havia saído de uma festa à fantasia no centro do Rio e queria ir para Botafogo (zona sul). Entrou em um ônibus, dormiu e, quando acordou, estava no Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca (zona oeste).

Após completar o trajeto da linha, enquanto aguardava a próxima partida, o motorista havia descido e deixara o veículo ligado. Santos assumiu a direção e saiu com o ônibus vazio rumo a Botafogo.

No caminho, colidiu com vários carros. A polícia foi avisada, mas só conseguiu parar o veículo no rua Voluntários da Pátria, após atirar nos pneus.

Segundo a delegada, nove vítimas dos acidentes provocados pelo universitário já prestaram depoimento. De acordo com a polícia, durante o trajeto de aproximadamente 20 quilômetros, ele atingiu pelo menos 18 veículos.

A Polícia Civil afirmou que o universitário será indiciado por tentativa de homicídio, lesão corporal e furto. Ele pode ser acusado ainda por dano e resistência à prisão. Se condenado, a pena pode chegar a 20 anos de prisão.

Segundo a delegada, Santos não poderá ser liberado mediante o pagamento de fiança porque os crimes dos quais é acusado ultrapassam a pena de quatro anos.

Em outras ocasiões, o universitário já havia sido acusado por violação de domicílio, injúria, dano e porte de drogas.

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