Índios libertam funcionários da Funai em Bauru

Depois de 48 horas, 70 índios que ocupavam o posto da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Bauru, no interior de São Paulo, libertaram os cinco funcionários do órgão que eram mantidos reféns. A libertação ocorreu depois que a Funai prometeu instalar uma nova unidade na região.

Cerca de trinta índios invadiram o prédio na noite de quarta-feira, após a Funai baixar portaria transferindo a Executiva Regional de São Paulo, que funcionava em Bauru, para Itanhaém, no Litoral Sul do Estado. Na prática, a portaria transformou a unidade em posto, causando a revolta dos índios.

O movimento foi ampliado nos dois dias seguintes, com adesão de familiares e de índios de outras regiões do Estado. Um refém foi libertada na manhã de ontem, após uma crise de hipertensão.

“A Executiva Regional tem autonomia administrativa e orçamentária enquanto o posto fica subordinado”, explicou o administrador substituto Amaury Vieira, um dos reféns.

Segundo ele, hoje a Funai acenou com acordo, depois de ‘negociações estressantes’, ao prometer uma nova unidade, cuja estrutura será discutida com os índios.

“A Funai está aqui há 30 anos, há uma relação e os índios querem manter o auxílios aos projetos técnicos e sociais”, disse o cacique Júlio Cesar Terena, um dos líderes do movimento.

Uma comissão indígena vai se encontrar com o presidente da Funai, Márcio Meira, possivelmente na próxima semana, para discutir como será a estrutura da nova unidade.

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