IML pode ter até 100 legistas na identificação dos corpos

O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo informou hoje que o número de legistas envolvidos na identificação das vítimas do acidente com o vôo 3054 da TAM, ocorrido na terça-feira, pode chegar até, no máximo, 100. "Não comportaríamos um número superior a este, pois o espaço físico é limitado", afirmou hoje o perito e odonto-legista Ugo Frugoli. Atualmente, o total de profissionais envolvidos no trabalho varia 50 a 70. Poderiam ser agregados, portanto, mais 30 médicos, aproximadamente.

Em condições normais, o IML conta com cerca de 20 médicos legistas. "A equipe atual é suficiente para o trabalho (no caso TAM), mas à medida que for preciso poderemos chamar mais legistas, de outros IMLs do Estado de São Paulo", disse Frugoli. Ele destacou que a perícia deste acidente é muito complexa, pois envolve fragmentos de corpos dos passageiros da aeronave, dos funcionários do depósito da TAM e de pessoas que circulavam nas proximidades do Aeroporto de Congonhas. O alto impacto da queda do avião também dificulta o processo, pois os corpos foram segmentados.

Até o momento, disse Frugoli, 196 corpos foram necropsiados. Isto significa que o levantamento de dados sobre estes corpos foi concluído, o que representa o primeiro passo para a identificação. O legista não soube prever quanto tempo será necessário para que se concluam as identificações da tragédia. Para se ter uma idéia, Frugoli lembrou que, na queda do Fokker 100 da TAM em 1996, o processo de identificação das vítimas demorou de outubro daquele ano até o início de janeiro de 1997. "Na ocasião, o trabalho foi muito mais simples, pois se tratava de uma amostra fechada (somente integrantes da aeronave)", explicou.

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