O governo federal lançou nesta segunda-feira (20) as 94 ações previstas no Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Em discurso no Palácio do Planalto, o ministro da Justiça, Tarso Genro, admitiu que o programa não contém ações inovadoras, pois de alguma forma todas já foram aplicadas em vários países, e "não trarão resultados espetaculares de imediato". "Nosso objetivo, com o Pronasci, é mudar os paradigmas dos programas de segurança do País, com a inclusão de projetos sociais", disse. A solenidade teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia, e do Senado, Renan Calheiros.
Segundo Genro, o Pronasci investirá, de 2007 a 2012, R$ 6,707 bilhões. Entre as ações do Pronasci, destacam-se a formação e valorização dos policiais civis e militares, combate à corrupção policial e o envolvimento da comunidade na preservação da segurança. O programa, segundo o ministro da Justiça, será posto em prática nas 11 regiões metropolitanas consideradas mais violentas do País: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Maceió, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
Entre as principais ações do Pronasci citadas por Genro está o Bolsa-Formação, destinado a dar aos policiais militares e civis que ganham até R$ 1.400,00 por mês uma bolsa de R$ 180,00 a R$ 400,00 para que façam curso de aperfeiçoamento em segurança pública. Também constam no programa o financiamento de habitações para policiais que ganham até R$ 1.520,00, por meio de um convênio com a Caixa Econômica Federal, e a construção de 13 presídios para jovens delinqüentes de idade entre 18 anos e 24 anos, com o objetivo de mantê-los separados de chefes do crime organizado.