Gol terá de pagar US$ 1 milhão à família de vítima do vôo 1907

A Justiça do Rio condenou a Gol a pagar indenização equivalente a US$ 1 milhão à família de Quézia Moreira, vítima do acidente com o vôo 1907, que se chocou com um jato executivo Legacy no ano passado e caiu na floresta Amazônica. Segundo o advogado da família, João Tancredo, trata-se da primeira sentença favorável às vítimas desde o acidente. A decisão foi proferida pelo juiz Mauro Nicolau Júnior, da 48ª Vara Cível do Rio de Janeiro, e pode ser contestada em instâncias superiores pela companhia. Os advogados que representavam a Gol não deram entrevista após a audiência.

"A sentença é histórica e mostra que a Justiça brasileira não é Justiça de segunda classe, já que o processo foi rápido e concedeu indenização em valores equivalentes aos concedidos no exterior", afirmou Tancredo. Durante a audiência, os advogados da Gol propuseram o pagamento de cerca de 300 salários mínimos, valor equivalente às últimas sentenças sobre acidentes aéreos no Brasil, segundo eles.

A família de Quézia já vem recebendo pensão de cerca de R$ 500 mensais, valor que será mantido até o pagamento da indenização. Tancredo, no entanto, afirmou que vai recorrer desta parte da sentença, pedindo elevação da pensão para cerca de R$ 2 mil, sob a alegação de que esse seria o salário recebido por Quézia em seu novo emprego na Transpetro. Pouco antes do acidente, ela foi aprovada em um concurso da subsidiária da estatal para trabalhar como operadora do transporte de petróleo, gás e derivados. Na época, Quézia era funcionária do Inmetro e viajou a Manaus a trabalho. A família não quis dar entrevista.

Voltar ao topo