Fracassa reunião para destrancar pauta da Câmara

Terminou sem acordo a reunião do presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), com os líderes dos partidos de oposição e do governo para dar continuidade às votações no plenário da Casa, que está com a pauta trancada por 14 medidas provisórias (MPs) com prazo de apreciação vencido. Os oposicionistas mantiveram a decisão de obstruir as votações enquanto não houver um compromisso do governo de suspender a edição de MPs até a aprovação do projeto que vai mudar o rito e a tramitação das medidas provisórias.

Nesta terça-feira à noite (25), haverá uma reunião para tratar do projeto. Será um encontro de Chinaglia e do presidente do Senado, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), com os líderes dos partidos do governo e da oposição das duas Casas e com integrantes da comissão especial da Câmara que analisa o projeto, inclusive o relator da proposta, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ).

Os líderes do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), e do PSDB, deputado José Aníbal (SP), consideraram "inaceitável" a proposta acertada entre os líderes da base e o relator Picciani pela qual seria aumentado o prazo de validade das MPs de 120 dias para até 205 dias. Magalhães Neto também disse não concordar com o dispositivo defendido pelos governistas, que prevê a suspensão do prazo de vigência das MPs quando elas deixarem de ser o primeiro item da pauta.

"Uma proposta dessas… é melhor ficar como está", disse Magalhães Neto. "Aumento de vigência de MP é um retrocesso. Nem vamos conversar sobre isso. Prefiro considerar essa idéia como um balão de ensaio." O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou que considera a proposta governista equilibrada. "É um avanço. A Câmara terá liberdade para abrir a pauta e votar projetos de seu interesse", disse.

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