Rio – A Polícia Federal e a Receita Federal anunciaram ontem a criação de uma força-tarefa para prevenir e reprimir a entrada de drogas, armas e contrabando no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio. O objetivo é acabar com a burocracia e acelerar o trabalho dos funcionários da alfândega e dos agentes federais, que atuarão em parceria.
A atuação do grupo, que vai reunir vinte pessoas, se dará da seguinte forma: o funcionário da Receita que descobrir material ilegal na bagagem acionará um policial federal. Este é encarregado de fazer o flagrante e também de recolher informações para investigar o passageiro, desarticulando, assim, possíveis esquemas de distribuição.
“Esse trabalho já acontecia informalmente e, com isso, conseguimos apreender uma média anual de 190 quilos de cocaína. Agora oficializamos essa cooperação”, disse o superintendente da PF no Rio, Marcelo Itagiba. Até então, havia entraves à circulação de policiais na área da Receita, o que prejudicava as investigações. Outra vantagem do acordo é a redução dos custos operacionais.
Segundo Itagiba, o aeroporto é uma das principais portas de entrada de material ilegal no Rio, embora perca para as estradas e para os aeroportos clandestinos. O superintendente da Receita Federal, Paulo Avis de Souza Freitas, acredita que a indústria brasileira vai se beneficiar da iniciativa, graças ao combate ao contrabando.