Félix pede paz na Abin

Brasília – O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Félix, fez um apelo ontem pelo fim dos grupos rivais dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo ele, o novo diretor da Abin, Márcio Paulo Buzanelli, empossado na manhã de ontem, precisará do apoio de todos os agentes da instituição. O diretor anterior, o delegado Mauro Marcelo, foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois de sucessivos choques com o ministro e, por último, com parlamentares da CPMI dos Correios. ?Enquanto houver divisões em grupos e grupos defendendo interesses às vezes pessoais, às vezes de pequenas partes do todo, não vamos ter nenhuma resultante positiva?, disse Jorge Félix, depois de empossar Buzanelli no comando da Abin.

Pouco antes, em seu discurso, Buzanelli pediu discrição de sua equipe e criticou, sem citar nomes, o ex-diretor Mauro Marcelo, que era criticado por ex-colegas de corporação por ser considerado vaidoso e pouco discreto. ?A marca do caráter deve ser a da integridade e absoluta discrição pessoal. Inteligência não combina com arrogância nem com ostentação?, disse.

Contra o terrorismo

Buzanelli afirmou que pretende, a curto prazo, fazer com que a agência seja mais reconhecida pela sociedade e que a instituição avance ?no sentido da modernidade?. Entre as áreas em que ele defende avanços estão a maior presença da agência na Amazônia e no exterior, atuando, por exemplo, na prevenção de ações terroristas.

Jorge Félix negou que a Abin tenha participado das gravações da cena de suborno envolvendo o ex-diretor dos Correios, Maurício Marinho.

O novo diretor tomou posse com a tarefa de recuperar a credibilidade da Abin, que tem sido criticada freqüentemente por não se antecipar à crise que afeta o governo. 

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