Entidades cobram melhorias na saúde no Brasil

Amanhã, quando é comemorado o Dia do Médico, entidades que reúnem a categoria vão entregar ao Ministério da Saúde uma carta em que cobram diversas melhorias na saúde, tanto a pública quanto a privada.

“A insatisfação generalizada tem sido registrada em diferentes pesquisas de opinião, estudos acadêmicos e pela imprensa, que, seguidamente, materializa a crise da saúde (pública e privada) em reportagens que exibem as filas, as longas esperas e a dificuldade de acesso aos serviços, aos médicos e outros profissionais da área”, diz a carta.

O documento, que elenca propostas para a área, é assinado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), pela Fenam (Federação Nacional dos Médicos) e pela AMB (Associação Médica Brasileira).

Entre as demandas para o SUS estão o aumento do financiamento público e a criação de uma carreira de Estado para o médico, que favoreça a fixação de profissionais no interior do país.

Para melhorar a saúde privada, diz a carta, são necessárias ações como uma maior regulação pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), a instituição de regras específicas sobre reajustes nos contratos do plano com o médico – com indicação dos índices de reajustes e suas periodicidades – e maior transparência nos dados de cobertura das operadoras.

 

“O país testemunha a prevalência de interesses econômicos na prestação de serviços que deveriam ter como objetivo central a garantia do bem-estar e da vida das quase 50 milhões de pessoas que contribuem com o custeio de planos e seguros de saúde”, afirma a carta.

 

Na semana passada, médicos do setor privado de 16 Estados pararam o atendimento aos planos de saúde que não negociam as reivindicações da categoria. São eles: Amazonas, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Tocantins, Acre, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, São Paulo e Sergipe.

Eles reivindicam reajustes nos honorários, inserção de critérios, índices e periodicidade de reajustes nos contratos com as operadoras, reajustes coletivos para evitar a pressão sobre o médico, detalhamento nos contratos dos critérios para o descredenciamento do médico, e o fim da interferência dos planos nos atos médicos.