Elogio de O?Neill não segura o dólar

São Paulo

  – Passada a trégua de dois dias da semana passada, o dólar comercial voltou ontem a sofrer forte pressão, fechando a R$ 3,160 na compra e R$ 3,165 na venda, com alta de 5,15%. O fluxo cambial negativo foi o principal fator de pressão, já que as empresas com compromissos no exterior continuaram a demandar dólares. Além disso, nenhuma das notícias do dia foi considerada realmente nova, o que desestimulou os potenciais vendedores. Entre as “novidades” do dia estiveram mais alguns elogios do secretário do Tesouro americano, Paul O?Neill, que ontem se encontrou com o presidente Fernando Henrique Cardoso.

O representante voltou a demonstrar apoio ao Brasil, mas foi evasivo no que diz respeito à forma como seu país poderia ajudar. O?Neill declarou que espera resultados altamente positivos em relação ao acordo com o fundo e destacou também que “a economia brasileira está correta e que o país conta com políticas necessárias para crescer e garantir mais empregos”. O secretário norte-americano elogiou ainda a inflação “extremamente baixa” existente no Brasil nos últimos oito anos, desde a criação do Plano Real e o início do primeiro mandato de Fernando Henrique. “Isso nós apoiamos, além de termos muito respeito pelo Brasil e pelo seu povo” disse O?Neill durante uma rápida entrevista coletiva na Base Aérea de Brasília, antes de embarcar para São Paulo.

A pesquisa CNT-Sensus confirmou a liderança de Lula e Ciro Gomes, ambos bem à frente do tucano José Serra, predileto dos investidores. O resultado do levantamento desagrada os interesses do mercado, mas não trouxe surpresa a ninguém. Da mesma forma, o debate dos presidenciáveis neste domingo na TV também não causou efeitos significativos, por não ter reservado grandes novidades.

Com isso, restou às mesas de operação continuar na especulação em torno dos termos e dos valores da ajuda financeira do FMI. O anúncio é aguardado para até sexta-feira, já que o Fundo entra em recesso na próxima segunda-feira. “O dia foi de pequeno volume de negócios.

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